sábado, 19 de maio de 2012

Um bom Umbandista

Responsabilidade
Cumprir com seus deveres de médium.
Não faltar às sessões de caridade e/ou desenvolvimento.
Não faltar aos trabalhos marcados por seus guias.

Honestidade
Não usar de mistificações.
Não enganar os outros com informações que desconheça.
Não mexer em coisas que não lhe dizem respeito.
Discutir suas dúvidas com seu Pai de Santo ou Pais e Mães pequenos ou ainda, alguém que possa responder por eles.
Não mentir a fim de tirar proveito pessoal.

Humildade
Admitir o seu erro.
Saber ouvir os outros.
Não ter vaidade com seus guias.
Agradar sem ser interesseiro.
Conscientizar-se que a mediunidade é uma prova e não privilégio de alguns.

Fraternidade
Ter amor pela casa, pelos irmãos de Santo e pela sua religião.
Saber ajudar a quem precisa de uma palavra, com gesto, com carinho ou até mesmo, somente ouvindo.

Caridade
Ajudar aos outros materialmente quando possível e espiritualmente sempre.
Obs.:
Devemos exercitar estas qualidades primeiramente em nosso lar com nossa família.
          Lembre-se de que “A caridade começa em casa”.

Escrito por Ass. de Comunicação
Centro Espírita Xangô Menino Macaé/RJ

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ser ou Estar Umbandista

Amigos, em algum momento de suas caminhadas vocês já se perguntaram se SÃO ou ESTÃO Umbandistas?

SER
 
Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA.
ESTAR
Umbandista é fugir do assunto quando perguntado.

SER
Umbandista é ir para o terreiro pensando em ajudar a melhorar um pouco o mundo e conseqüentemente receber sua parte nesta melhora.
ESTAR
Umbandista é simplesmente ir o terreiro para resolver a sua vida.
SER
Umbandista é não ter vergonha de limpar cinzeiros, varrer o chão, acender um cachimbo, enfim é não ter vergonha de servir.
ESTAR
Umbandista é fugir dos trabalhos mais humildes, achando que sua capacidade esta acima deles.

SER
Umbandista é estar presente no terreiro pronto a “receber” qualquer entidade que esteja sujeita ou que necessite vir, mesmo sendo um irmão sofredor, praticando assim a verdadeira caridade.
ESTAR
Umbandista é se preocupar com que entidade vai “receber”, torcendo para que seja uma bem famosa.

SER
Umbandista é não se preocupar com o tempo que vai precisar ficar no terreiro até que todos os que precisam sejam atendidos.
ESTAR
Umbandista é preocupar-se com a demora uma vez que tem outros compromissos.
SER
Umbandista é agradecer aos Guias e Orixás por sua vida.

ESTAR
Umbandista é barganhar com eles por favores mesquinhos.

ESTAR
Umbandista é gostar da Umbanda enquanto ela servir.
Enfim, SER Umbandista é amar a Umbanda e assumi-lA como sua religião, falando de suas virtudes, mas sem fechar os olhos para seus problemas.

 E nós SOMOS ou ESTAMOS Umbandistas?



FONTE:
Kátia Sá - Centro Espírita Xangô Menino Macaé/RJ

segunda-feira, 14 de maio de 2012

História de Preto-velho

Cenário: reunião mediúnica num centro espírita orientado pela doutrina de Allan Kardec. A reunião, na sua fase teórica, desenrola-se sob a explanação do Evangelho Segundo o Espiritismo. Os membros da seleta assistência ouvem a lição atentamente. Sobre a mesa, a tradicional toalha branca, a água a ser fluidificada e o Evangelho Segundo o Espiritismo aberto na lição nona do capítulo 10: "O Argueiro e a trave no olho".
Dr. Anestor, o dirigente dos trabalhos práticos, tecia as últimas considerações a respeito da lição da noite. O ambiente estava impregnado das fortes impressões deixadas pelas palavras de Jesus Cristo: "Por que vês tu o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu?"
Findos os esclarecimentos, apagaram-se as luzes principais, para que desse início à comunicação dos espíritos daqueles que, indevidamente, são classificados de "mortos".
Feita a prece de abertura por um dos presentes iniciam-se as manifestações. Pequenas mensagens de consolo e   apoio, são dadas pelos desencarnados aos membros da sessão.
Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de entidades não habituais, os Espíritos necessitados, correu o inesperado: a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito estranho.
Moça de educação esmerada, traços delicados, de quase trinta anos de idade, dez dos quais dedicados à educação da mediunidade, sentiu profundo arrepio percorrer-lhe o corpo. Nunca, nas suas experiências com a mediunidade, tinha sentido coisa parecida.
Tomada de uma sacudidela incontrolável, suspirou profundamente e, de forma instantânea, foi "tomada" por uma entidade espiritual. Letícia nunca tinha visto aquilo. Estava consciente, mas seus pensamentos pareciam controlados pelo desencarnado que tinha completo domínio de sua psiquê.
O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas-vindas, em nome de Jesus.
- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade, disse-lhe Dr. Anestor.
O espírito respondeu:
- Boa noite, Fio. Suncê me dá licença prá eu me 'proximá' de seus trabalhos, Fio?
- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está   aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o   diretor da mesa.
Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, Espírito que habitualmente comunica-se nos terreiros de Umbanda.
A entidade continuou:
-'Vósmicê' não tem aí uma cachacinha prá eu bebê, Fio?
- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O Espírito precisa evoluir, completou o dirigente.
-'Vósmecê num tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Fio.
- Ora, meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O preto-velho respondeu:
-'Preto-véio' gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, Fio? 'Suncê' mesmo num toma suas bebidinhas nos fins de sumana? 'Vósmicê' pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que beberica 'whisky' lá fora, do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pitar aqui dentro, Fio?
Dr. Anestor não pôde explicar, mas resolveu arriscar:
-Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar os trabalhos de Jesus. O preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:
"Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo afanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar".
Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura.
Pouco depois, o Espírito continuou:
-"Suncê' me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para donde vim, mas antes, Fio, queria deixar a suncês um conselho: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria `Nosso Sinhô', tem gente coando mosquito e engolindo camelo. Cuidado, irmãos, muito cuidado.
Preto-véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militam nesta respeitável Seara".
Deu uma sacudida na médium, como nas manifestações de Umbanda, e afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anestor ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar "daquela forma", mas não houve resposta.
No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição: lição para os confrades meditarem.

José de Freitas
http://www.angelfire.com/biz4/luzdearuandatextos/

sábado, 12 de maio de 2012

Umbanda é dos jovens

Cada vez mais, me convenço que a Umbanda é dos jóvens, nem estou puxando pela história, pois já sabemos que sr. Zélio, quando fundou a Umbanda, era um guri de 17 anos.
Hoje vejo nossa Tenda cada vez mais invadida pela juventude, uma geração que por vezes se apresenta meio perdida e sem futuro, mas se pararmos para avaliar, há um futuro. Tanto que procuram algum tipo de orientação.
Com o passar do tempo, a sociedade foi perdendo seus ideais, antigamente, os jovens lutavam por alguns motivos, havia um sentimento de revolta contra a situação, e não teria como não ter esses sentimentos, regime militar, censura, politicamente eramos um pais muito fraco, financeiramente eramos prejudicados, por exemplo, eu com apenas 29 anos, até perdi as contas de quantas moedas o Brasil já teve. Hoje temos uma situação menos difícil, e vemos o materialismo impregnando nossas vidas, e os jovens sentados em uma zona de conforto perigosa, não perderam a rebeldia, mas não encontram o motivo certo para isso.
Mas a juventude é sinônimo de força, mas essa força tem que estar vinculada à um foco, e que foco seria esse?
Esse foco seria a vontade de ser alguem, hoje, a maioria dos jovens tem grande dificuldade de saber quem são, pois vivem em um mundo onde ter é mais importante que ser, e mais, o individuo nada mais é do que mais um em um grupo sem líder.
Zélio de Moraes e Chico Xavier, dois exemplos bem brasileiros, começaram desde muito novos a compreender a vida, de uma forma bem espiritualizada, e se formaram líderes natos.
E esses jovens que hoje ingressam nas frontes espiritualistas tem um motivo para se rebelar, se rebelar contra essa situação cômoda, que o Pai Chico chamou de "Efeito Boiada", onde todos rumam para um lado, uns seguindo os outros, sem saber quem é o verdadeiro líder.
Então a juventude vai tomando a cara da espiritualidade e a espiritualidade vai tomando a cara da juventude.


Rafael d'Ogum

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pirataria religiosa

Lamentavelmente há muita confusão quando o assunto é religião, muitos sacerdotes chegam a se aproveitar dessa falta de conhecimento das pessoas, e não procuram orienta-las corretamente.
Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
Quando privados de conhecimento, tornamo-nos cegos e a ignorância torna-se um fardo.
O conhecimento nos deixa cada vez mais curiosos e acabamos por correr atrás de mais informações e conhecimentos.
Mas retornando aos líderes religiosos, a ignorância de seus seguidores é um trunfo, pois esses líderes enchergam seus seguidores como inferiores, e nessa relação não há respeito, mas sim, o que impera é o medíocres.
Pior que esses piratas religiosos se utilizam de "divindades perversas" para amedrontar ou colocar todos sob suas ordens.
Partindo do princípio que divindade vem de divino, que divino é Deus e Deus não é perverso. Isso me leva a acreditar que essa pseudo-divindade esta na perversidade contida no coração desse líder.
Quando se faz qualquer coisa sem ser por amor, fé e/ou respeito, o sentimento é medo, nesses casos o resultado sempre será medíocre, nunca passará disso.
Tudo é motivo para utilizar o medo das pessoas:
Isso é pecado.
Se fizer aquilo estará condenado.
Se não seguir esse conceito, Deus virará as costas para você.
Se largar a religião, sua vida vai para o buraco.
Vamos ser sinceros, todos nós temos altos e baixos na vida, é para isso que estamos aqui, o que vai para o buraco é o corpo quando à morte da matéria, já a vida é eterna, pois o espírito é imortal, e só vai para o buraco se a ignorância for maior que o amor.
Então, nós Caciques, Sacerdotes, Pais e Mães-de-santo, Pastores, Bispos, Padres, enfim, líderes religiosos, devemos buscar dividir nossos conhecimentos e nossas experiências com os nossos irmãos, para diminuirmos o risco de que as pessoas se percam no abismo da ignorância.

Pensemos nisso.

Rafael d'Ogum

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Leve a Umbanda de forma leve

Nós da TAEPO aprendemos uma Umbanda leve, límpida, tranquila e séria, tentamos pratica-la e repassa-la dessa forma.
Em muitas oportunidades, alguns praticantes da Umbanda mais "convencionais", me olham meio de lado quando comento algumas coisas que ocorrem na TAEPO.
Mas o que posso fazer se para nós, não é incomum o Exu, por exemplo, se sentar junto com os integrantes da corrente, com seu charuto e seu marafo, para nos brindar com o relato de histórias ocorridas no "alem-tumulo", o Caboclo sempre firme, forte e trabalhador, mas quando necessário a descontração do ambiente, Ele soltar uma brincadeirinha, por que não falar, uma piadinha, mostrando-nos um lado humano, que nos faz querer estar sempre em sua companhia. Os Pretos e as Crianças, não há o que comentar nesse sentido, Eles são sensacionais.
Foram Eles que nos ensinaram assim, essa Umbanda leve e ao mesmo tempo séria, muitos sabem que eu, Rafael, não tive e não tenho um Pai-de-santo ou Mãe-de -santo para me dar uma doutrina a ser seguida, isso foi e é ótimo, pois ninguém é mais apropriado para ensinar o caminho do que quem vive a Umbanda em sua essência.
Várias pessoas iniciadas, ou não, de outras terreiras falam de ebós, oferendas, axés e força da suas entidades e casas, nós preferimos falar sobre as brincadeiras das Crianças, as lições dos Pretos-velhos, a virilidade dos Caboclos e a agilidade dos Exus.
Fazer o que? Não somos convencionais, e não queremos ser, também não somos melhores do que ninguém, também não somos piores, a nossa Umbanda pé no chão é assim, muito mais do que uma religião, é uma filosofia de vida, sentimentos de amor, respeito, alegrias e leveza.
Aprendemos que devemos levar a vida como a Umbanda é, LEVE.

Rafael d'Ogum

sábado, 5 de maio de 2012

Desenvolver e manter a mediunidade sadia

Assunto já batido na net, em vários sites, blogs e fóruns, existem vários livros, manuais e apostilas, até curso on-line para que a pessoa saiba como desenvolver e manter ativa a sua mediunidade.
É muito comum pessoas nos procurarem, tanto por telefone, internet e pessoalmente preocupados com alguns sintomas que poderia ser mediunidade. Isso é ótimo, pois acredito que estamos preparados para ajudar esses irmãos, só que as pessoas acham que tudo é muito fácil e simples, que é só realizar alguns rituais e pronto, já sou médium preparado para a ação. Quem dera que fosse assim, ser médium, pela decodificação de Kardec, é todo aquele que sofre influências dos espíritos, e como todos sofremos essas influências, todos somos médiuns. VERDADE! TODOS SOMOS MÉDIUNS, alguns com mais facilidade para a psicografia, outros para a psicofonia, outras para a clari-videncia e assim por diante. Há também aqueles que agregam várias faculdades mediúnicas e aqueles que não aceitam essas manifestações.
Vejo a decepção no olhar das pessoas quando falo que NENHUM RITUAL o tornará médium.
Há sim os ritos que ajudam na "sintonia fina", mas não fazem ninguém sair incorporado de uma hora para a outra. Cada pessoa tem uma "chave" interna que liga ou desliga na hora do contato, e cada um saberá acionar essa chave na hora certa. Os banhos e rituais vão dar mais firmeza energética para o médium, mas isso é um reforço, a mediunidade deve ser trabalhada na própria pessoa.
Entendo eu, que a pessoa que quer desenvolver a mediunidade, ou que tem esse maravilhoso presente de Deus já "ativo", teve ter outras preocupação, alem de incorporar ou psicografar, a preocupação deve ser o auto-controle, a conduta e o modo de encarar a vida. Já presenciei médiuns que conseguiram se afastar de seus guias, por serem desregradas.
Gosto de explicar que os nossos pensamentos e atitudes, nos aproximam de certo grupo de amigos, se queremos ter boa companhia, devemos ter pensamentos e atitudes boas e honestas, se nossa conduta não é muito correta, quem irá se aproximar de nós, são amigos não muito corretos. Na espiritualidade assim como é na vida material.
Se há um segredo quanto a mediunidade, não é nenhum ritual, banho ou procedimento, mas sim sentimento e postura.
Conheço médiuns que incorporaram com apenas 3 visitas na nossa Tenda, já tivemos uma que na primeira vez que entrou na TAEPO incorporou, também tem gente que jamais incorporará, o Pai Francisco de Aruanda gosta de falar que não há uma receita de bolo para a vida, e também não há para a mediunidade, cada caso é um caso e todos devem ser tratados como únicos.
Então, para quem pensa em desenvolver a mediunidade e para quem não quer, de qualquer forma, se aproxime do grupo de amigos bons e honestos, se afinize com o alto, com sentimento, pensamentos e atitudes agradáveis.

Saravá.

Rafael d'Ogum

terça-feira, 1 de maio de 2012

Sou como a água...

Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um oceano.
Se barrarem minha passagem colocando grandes pedras no meu leito converter-me-ei em torrente, em cachoeira, e saltarei impetuoso.
Se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo.
Permanecerei oculto por algum tempo mas não tardarei a reaparecer.
Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas para saciar a sede dos transeuntes.
Se me impedirem também de penetrar no subsolo, eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu.
E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos, desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano.

Massaharu Taniguchi