quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A própria vida

Mesmo a verdade sendo única, cada Cacique ou Sacerdote de Umbanda interpreta as verdades da espiritualidade, se sua própria maneira.
Isso é errado? Creio que não, pois interpretamos de acordo com a nossa missão, cada Cacique, ou melhor, pessoa é uma pessoa, um indivíduo, um ser único, com sua história, suas vitórias e suas derrotas, portanto, vê a vida de uma forma completamente individual e pessoal, e a espiritualidade nada mais é do que a vida.
Mas a idéia inicial sempre é ou deve ser ser a mesma quando um Cacique vai "iniciar" um médium, ele tem que conhecer este, ao ponto de conseguir utilizar uma forma, para a apresentação das verdades espirituais, que lhe seja fácil a assimilação.
Assim como um bom pai tenda educar todos os seus filhos da melhor forma possível, mas respeitando as suas diferenças e personalidades.
Ninguém é melhor que ninguém, apenas diferentes e essa diferenças faz com que, inteligentemente, se apresente de uma forma impar para cada um de nós.
E essa diferenças são saudáveis e proporcionam o equilíbrio se não a própria vida.
Quando independentemente da apresentação, as verdades espirituais são transmitidas, a Umbanda segue viva.
E o que é a Umbanda alem de ser a própria vida.

Paz, Luz e Amor a todos.

Rafael d'Ogum

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Festa de São Cosme e Damião


Vivendo e aprendendo

Sempre há o que se aprender quando o assunto é espiritualidade, nenhum de nós pode afirmar ser perito nessa área.
Para compreender algo sobre o tema, necessitamos, antes de qualquer coisa, entender que tudo é baseado em uma lógica divina, que nem sempre é clara para nós.
Mas algumas regras nos são bastantes identificáveis. Lei do carma por exemplo, a própria história de nosso mestre Jesus é uma demonstração de conduta perfeita. Até devido ao grau incomparavel de altíssima evolução espiritual e conhecimento da lógica divina.
Nem o senhor Zélio Fernandino de Moraes e nem o querido Francisco Cândido Xavier, que era, ou melhor, são seres de vasto AMOR (Avanço Moral) detinham conhecimento pleno sobre o assunto, se nem eles sabiam tudo, como nós podemos afirmar que sabemos.
Mas que arrogância do Rafael querer avaliar se Chico ou Zélio eram peritos ou não, não é arrogância, sei muito bem me colocar no meu insignificante lugar, apenas vejo com os olhos que Deus me deu e aprendo, ou tento aprender.
O Caboclo das Sete Encruzilhadas foi bem claro: "... aprenderemos com os que mais sabem e ensinaremos aos que menos sabem, e a ninguém viraremos as costas, pois essa é a vontade do Pai.".
Até o Caboclo das Sete Encruzilhadas, que era o guia de um dos seres mais evoluidos que pisou nessas terras, colocava o aprender antes do ensinar.
O que sobra para nós, o que sobra para mim. Baseado nisso, e sabendo que o corpo morre mas a alma sempre vive, outra regra da espiritualidade salta aos olhos.
"Vivendo e aprendendo."

Saravá.

Rafael d'Ogum

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Flor rara

Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem e uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso. O trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo, e pouco sobrava para a família.
Um dia, seu pai, um homem muito sábio, deu a ela uma flor muito cara e raríssima, da qual havia apenas um único exemplar em todo o mundo. E disse a ela:
- Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas de regá-la e podá-la de vez em quando, às vezes conversar um pouquinho com ela, e ela dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas cores.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, o trabalho consumia todo o seu tempo e a sua vida, não permitindo que ela sequer cuidasse da flor. De volta à sua casa, ela olhava a flor, que ainda estava lá, não mostrando sinal de fraqueza ou morte. Apenas estava lá, linda, perfumada. Então ela passava direto.
Até que um dia, mal entrara em sua casa, a jovem leva um susto! Sem mais nem menos, a flor morreu. Suas pétalas estavam murchas e escuras, suas folhas, ressecadas. A jovem chorou muito e contou a seu pai o que havia acontecido.
Seu pai então respondeu:
- Eu já imaginava que isso aconteceria e não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa. Ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. A relação com as pessoas que nos amam é como a flor: você deve aprender a cultivá-la, dar atenção a ela.
Assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre colorida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama.

Pense-mos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Blog para contato

Sei que as vezes torno-me chato, inclusive, fujo da ideia inicial do blog.
Hoje aproveito o blog, que esta com uma média de 50 acessos por dia, para falar com as pessoas que me pedem alguns esclarecimentos e orientações sobre doutrina, por telefone ou pelo e-mail, ou até mesmo uma "ajuda espiritual", sei que quando uma pessoa vem até nós, é porque realmente acredita, e nem sempre podemos ajudar como gostaríamos, até por que, não damos "consultas on-line". Mas passamos os ensinamentos que adquirimos com o tempo, e a doutrina é tão linda e completa, que entendendo o básico dela, aprendemos que para tudo nessa vida tem uma maneira espiritualizada de interpreta-la.
Há um amigo, que me ligou à algum tempo, me pedindo uma orientação pois estava com um problema de ordem pessoal e familiar, não colocarei o seu nome no blog. Mas perdi o seu numero, se for possível e de interesse, entre em contato novamente.
Desculpem os demais leitores e seguidores, mas é que esse é o único modo que encontrei para comunicação com esse amigo.
Que Pai Oxalá abençoe a todos.

Rafael d'Ogum

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Multiplicadores da Umbanda

Ser um bom Umbandista é saber ajudar as pessoas, em nossa Tenda tentamos ajudar as pessoas a ajudar os outros, e a ensinar o que aprendemos com a espiritualidade. Acreditamos que ser Umbandistas não é frequentar a Tenda nos dias de Sessão Caritativa ou em noites de Doutrinação, mas sim saber passar adiante os ensinamentos, praticar a essência da Umbanda no seu dia-a-dia e contagiar as pessoas com a maravilhosa luz que vem de Aruanda.
Todo o Cacique de Umbanda, deve saber como passar adiante a essência, ser um doutrinador. Vou mais adiante, me arrisco a dizer que os Umbandistas, de modo geral, devem saber como transmitir essa filosofia de vida.
Na Tenda de Apoio Espiritual Pai Ogum, não há cursos para Médiuns ou Caciques, há sessões de apronte mediúnico, mas não há um curso específico. Todos participam das doutrinações e conforme orientação espiritual marca-se os aprontes. Por que isso? Por que médiuns ou não, todos nós devemos ter o conhecimentos do evangelho e da doutrina. Cada indivíduo tem o seu tempo, e se formássemos uma turma para um curso, inevitavelmente as pessoas iriam competir, e na Umbanda não deve haver competição, apesar das pessoas serem competitivas por natureza. Cada um é respeitado a seu tempo e em seu modo. Pois todos são iguais na medida de suas desigualdades.
Nós Caciques devemos formar multiplicadores de nossa doutrina, para que a nossa Amada Umbanda tenha cada vez mais seguidores, mas a doutrina deve ser a essencial, sem invenção, simplesmente a doutrina cristã. E isso é basicamente o que Nosso Senhor Jesus, o Cristo, fez. Ele deixou 12 multiplicadores, os 12 apóstolos, que deram continuidade nos ensinamentos dEle, multiplicaram, passaram adiante os Seus ensinamentos.
Cada um tem seu tempo, e não podemos passar por cima e nem pular etapas, mas uns são mais rápidos e outros menos, mas todos podem tornarem-se multiplicadores da filosofia Umbandista.
Irmãos Umbandistas, vamos multiplicar nossas linhas de atuações, multiplicando sobre a terra o ensinamentos de nosso Pai Oxalá.

Saravá.

Rafael d'Ogum

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Atuação dos Caboclos


Os caboclos são nossos guias, nos auxiliam nas tomadas de decisões. São guerreiros, curandeiros e caçadores.
Grandes amigos, esses seres de luz nos mostra o caminho que devemos seguir para alcançar nosso objetivo com mais facilidade, sem deixar mais nada pendente.
Hábeis manipuladores energéticos, enquanto encorporados mantem uma postura humilde, porem forte, mostram-se profundos admiradores e respeitadores das pessoas verdadeiras.
São ótimos conselheiros, nunca enrolam, vão direto ao assunto, quando eles tem a autorização, e quando não estão autorizados a falar, não adianta insistir.
Esses guias por serem bastante francos, causam, muitas vezes, um certo choque quando nos trazem para a realidade, que não queremos ver.
Essa roupagem fluídica serve para representar que as pessoas tem valor independente da cor da pele, e a Umbanda não é uma mistura, mas sim a soma das culturas.
Por ser a Umbanda uma religião Universalista, Espiritualista e Cristã, foi revelada aqui no Brasil, onde várias culturas, povos e raças se encontraram, e nada mais justo do que nossa Amada Umbanda ser representada e guiada por entidades que representam essa missigênação.
Que nossos caboclos continuem nos guiando para o vem, o certo e o justo.

Rafael d'Ogum

sábado, 8 de setembro de 2012

As 3 peneiras


Olavo foi transferido de projeto. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo Líder, saiu-se com esta:
- “Chefe”, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o Líder, interrompeu:
- Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, “Chefe”?
- A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
- Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que...
E, novamente, Olavo é interrompido pelo Líder:
- Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Claro que não! Deus me livre, “Chefe” ! - diz Olavo, assustado.
- Então, - continua o Líder sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?
- Não “chefe”. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - fala Olavo, surpreendido.
- Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras ? - diz o Líder sorrindo e continua - Da próxima vez em que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade / Bondade / Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passa-lo adiante, porque:ESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS; PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Sabia que a Arvore tem raiz?



"A Umbanda é uma arvore frondosa."
Essa é uma das frases do Caboclo das 7 Encruzilhadas, quando em explicação da nossa Amada Umbanda, dizendo que a Umbanda iria crescer, florir e frutificar, essa foi a forma que todos entenderam, mas esquecemos que quando maior e mais frondosa for a arvore, mais forte deve ser a sua raiz.
Muitas vezes cuidamos desta arvore e não nos damos conta que sem raiz ela não seria tão linda. Muitos de nós estamos nos galhos mais altos, e nunca olhamos para baixo, para a raiz, e lá esta o segredo da vida dessa nossa imensa arvore. E estar nos galhos mais altos, não quer dizer que estamos ou somos melhores que ninguém, mas sim, que corremos mais riscos de não conhecermos a origem.
Também sabemos que as flores, frutos e folhas, tendem a morrem e ser naturalmente trocadas pela natureza, já a raiz não, se ela morrer, toda a arvore morre. Até existe arvores de folhas, mas não exite arvore sem raiz.
Uma semente, plantada a mais de um século, pelas mãos de um Caboclo, tornou-se uma linda e magnífica arvore, que vem dando frutos maravilhosos até hoje, pois alguns ainda se lembram de regar a raiz.
Não podemos esquecer e nem renegar nossas raízes, e o mais importante, nossa raiz é linda, fala de paz e amor, de um mundo cheio de Luz, não temos motivos para inventarmos uma raiz nova. É só conhecermos a que já temos.

Saravá.

Rafael d'Ogum

sábado, 1 de setembro de 2012

Não há preço, mas sim, valor.


Começamos bem o mês de Setembro, fui junto com o pessoal do JUPC, novamente ao Asilo Padre Cacique, onde sempre há histórias e personagens novos.
Sempre que vamos lá, aprendemos, e sempre que aprendemos algo, damos mais um passo em direção à evolução.
As pessoas me perguntam o que fazemos lá, e eu gosto muito de responder que vamos para aprender e sermos ajudados, pois sempre o somos. Hoje, conhecemos mais uma história, mais uma personagem e uma personalidade, podemos falar assim. Uma senhora de aproximadamente 90 anos, que afirma ter 99, ou até pode ser que realmente esteja as margens de completar o seu primeiro século de vida, essa senhora esta na enfermaria, e sempre que vamos lá, nossa primeira parada é na ala onde os vovôs e vovós ficam em tratamento de saúde, sempre sorridentes e alegres no aguardo das visitas, já que 80% dos habitantes não recebem visitas de parentes, mas voltando a senhora essa que nos chamou a atenção, muito lúcida, nos perguntou de onde vinhamos. Quando falamos que eramos de uma Tenda de Umbanda, ela se animou ainda mais, e nos disse que era trabalhadora das sagradas linhas da nossa Amada Umbanda, mas que por problemas de saúde, parou mas continua amando a religião. Conhecimento, histórias e sentimentos, vi em seus olhos, o brilho que há nos olhos dos apaixonados, e a paixão dela era a Umbanda. Pediu que marcássemos um dia para irmos realizar orações junto com os velhinhos que lá estão.
Creio que o que muito mais do que a oração, estávamos hoje praticando o evangelho na sua essência.
Quando saímos, encontramos com a senhora Terezinha, uma senhora que nos "adotou", fomos ao jardim e passamos um bom tempo, sentados e conversando com ela, mas também dando atenção merecida a todos os que ali estavam, veio um senhor nos mostrar um poema que ele havia escrito sobre a Asilo, que todos tratam com muito amor, e algumas outras senhoras, uma tarde muito agradável, com boas risadas e sinceridade nos sentimentos.
Outra coisa que também me deixou muito alegre, foi ver um outro grupo de jovens, esses, creio eu, da Igreja Católica, também estavam em visita, trazendo alegrias aqueles amigos.
Não importa a religião que se professa ou a idade que se tem, temos é que aprender a dar valor a quem nos da valor, e ao fazermos as visitas à lugares como o Asilo Padre Cacique, entendemos o real valor que nós temos, é o valor das nossas atitudes, e a troca que é realizada nesses momentos, não tem preço, mas sim, valor, muito valor.

Que Pai Oxalá ilumine a todos.

Rafael d'Ogum