segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Natal 2018

Este Natal, representa o aniversário de 2018 anos, na cultura Cristã/Judaica, de Nosso Senhor Jesus.
Muitos lembram das festas, do Papai Noel, dos presentes, mas poucos são os que recordam o verdadeiro motivo desse feriado.
Esse dia, deve-se ficar com a família, pais, avós e filhos. É uma data que deveríamos prestar homenagens ao messias que foi julgado, condenado e executado por nós, para salvar-nos dos pecados e da baixa energia.
Por isso, espiritualistas, lembro da importância da oração, da reflexão nesta data especial.
É questão de lógica, e respeito, evitarmos os excessos, principalmente em relação ao consumo de álcool e entorpecentes, em geral. Pois o Natal esta longe de ser o dia do lixo, bem pelo contrário, a baixa espiritualidade já sabe que as pessoas, chutam o balde, e ficam à espreita, esperando o vacilo.
Lembrem do real motivo do Natal, lembrem do aniversariante e feliz Natal!

Cacique Rafael Hernandes

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Salve o Hino da Umbanda

Levar ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá. Não são apenas palavras soltas em uma canção.
São orientações espirituais para os Umbandistas.
Vejo muitos Umbandistas que não divulgam, não levam adiante a doutrina espiritualista e umbandista.
Creio eu, que muitas vezes não o fazem por vergonha, por medo de algum preconceito que possam vir a sofrer, ou até mesmo, por não se sentirem seguros na doutrina que receberam.
Mas afirmo, irmãos, a doutrina nada mais é do que amor e caridade.
E quando ouvimos e cantamos no hino a frase que nos convida a levar a bandeira de Pai Oxalá ao mundo inteiro, ele nos pede para falarmos de compaixão e Umbanda. 
Vamos lá!
Vamos gritar aos quatro cantos do mundo a nossa fé! E pararmos de nos apresentar como espíritas e/ou católicos não praticantes. 
Saibam que nossa religião é centenária e reconhecida mundialmente. E mesmo assim, muitos de nós, ainda se esconde.
O mundo precisa de Amor, o mundo precisa de Umbanda.

Cacique Rafael

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Vencendo pelos derrotado

Acredito que o que aumenta o preconceito, muitas vezes, é o vitimismo dos que se sentem alvo dos preconceitos.
Irmãos, já pararam pra pensar que se nós espiritualistas e umbandistas, não escondessemos nossa crença, nossa religião poderia ser bem mais aceita?
Durante muitos anos, eu realizava processos seletivos, questionava os candidatos sobre os mais variados temas. Quando questionava em relação à religiosidade, normalmente ouvia, "Não sigo religião nenhuma.", mas meus olhos treinados à avaliar o candidato, desde a hora que ele chega, sempre viam seguranças, guias, e medalhinhas, pois quem não pede aos guias um emprego quando desempregado. Então esse selecionador perguntava sobre o amuleto que se fazia visível. Daí sim, vinha um " É, eu fui num centro."
Normalmente o constrangimento dominava o ambiente. Para acalmar as coisas, eu afirmava ser Cacique de Umbanda e que religião não seria problema para conseguir a vaga, pois tínhamos em nosso quadro pessoas vinculadas as mais variadas religiões.
Então, depois da tensão quebrada, vinha algo assim. "Pois é, sou filho de Oxossi." ou "Que legal, eu sou da Mulambo, e o senhor." ou ainda "Interessante, sou filha de Iansã e estou procurando uma casa para trabalhar, quem sabe poderei ser sua funcionária e filha de santo." kkk.
Por isso pessoal, que eu falo e repito, vamos vencer esse preconceito, que nos joga nos porões da história! E para isso, precisamos acabar com o preconceito que existe dentro de nós e nos coloca nos porões da nossa própria história.
Vençam por aqueles que foram derrotados.

Cacique Rafael

domingo, 9 de dezembro de 2018

Umbanda, a beleza esta nos olhos

Sempre achei bonito as ritualísticas, as vestes, a postura em algumas terreira, meus olhos brilhavam. Meu coração vibrava ao toque do atabaque. Aquele templos grandes, lotados de filhos de santos e fiéis.
O Conga com, sei lá, 70 imagens ou mais.
Oferendas lindíssimas para os mais variados motivos e Orixás.
Enfim, tudo sempre me chamou a atenção. Imaginava o quão interessante seria fazer parte de disso. 
Mas quis a vida, e o alto, me apresentar a Umbanda. Onde não há esse glamour todo. As vestes são brancas, os pés descalços, apenas algumas imagens no Jabuta, mas que são compreendidas como simples ferramentas para ajudar na concentração, o toque do tambor só se faz em trabalho de esquerda, e quando se faz necessário, ritualística simples, sem despachos, Tendas humildes, poucos seguidores.
A Umbanda me mostrou, que sim, é possível fazer mais com menos. Aliás, fazer tudo contando apenas com a fé, há casos que só tem a sua própria fé. 
Porém, aprendi que tudo aquilo que eu via nas terreiras que visitei, são importantíssimo para que naquilo acredita, ou quem acredita que aquele procedimento todo é necessário.
Ainda hoje, vejo beleza nos ritos africanistas, alguns misturados com a Umbanda. Porem não me vejo, como já me vi, integrando uma corrente de trabalho assim. 
Estou muito bem, podendo ajudar pessoas a se ajudarem. Apenas aplicando os Sagrados Ensinamentos da Umbanda.
Convido à quem quiser conhecer a Verdadeira Umbanda, à nos visitarem.

Que Pai Oxalá vos abençoe.

Rafael Hernandes

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Orixá Regente 2019, Ogum

Teremos pela frente um ano com a regência de Ogum.
Orixá representante da ordem, da retidão e só trabalho. O ano de 2019 é ano de batalhas, já que Ogum é General de Umbanda.
Mas essas batalhas, essas demandas serão vencidas, desde que a retidão e o honra forem suas armas e seu escudo.
Porem, lembro aos leitores que este ano que se inicia, é o ano final da "data limite", estipulada por Francisco Cândido Xavier.
Então, repito, ano de batalhas e mudanças. Ano em que a Moral será testada a todo momento.
Então irmãos, nos preparemos, pois muitas novidades se avizinham.

Rafael Hernandes

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Orixás na visão Umbandista

Assunto dos mais controversos na Umbanda é a de quais Orixás fazem parte da Umbanda.
Em nossa Tenda, os nominamos Oxalá, Ogum, Oxum, Xangô, Iansã, Oxóssi e Iemanjá.
Mas não está agindo errado quem acredita em Bara, Yori, Yorimá, ou outros.
E a explicação é simples e acertiva.
Paramos para meditar sobre o assunto e lembramos de um ensinamento de Pai Francisco de Aruanda, que diz "Os Orixás não são seres, como os seres que conhecemos, mas sim forças de ação do Pai Maior".
Isso então me fez compreender que Orixás não são Deuses, mas sim Deus. Digamos que Eles são os Verbos de Deus.
Mas como chama-los?
Poderíamos chama-los por Amor, Vibrar, Ajustar, Compreender, e por ai vai.
Só que me lembro, também, dos ensinamentos contidos na história da Umbanda. Quando perguntado sobre seu nome, o Caboclo das Sete Encruzilhadas afirmou "não ser necessário", claro que com a repetição desta questão ele se obrigou a responder. "Já que queres um nome, me chamem de Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não haverá caminhos fechados."
Mas reparem, a primeira afirmação foi sobre a não necessidade de um nome.
Então, meus irmãos, creio não haver necessidade de batizarmos  os Orixás, apenas sermos gratos pela existência deles. Já que são eles as ações de Deus.

Saravá a Luz de vem de Aruanda.

Rafael Hernandes

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

De verdade, a verdadeira Umbanda

O que, a maioria das pessoas compreende por Umbanda, na verdade se afasta da raiz desta religião tão bela e simples.
Eu, quando tomei a decisão de trabalhar com essa linha da espiritualidade, comecei a tentar saber maia sobre ela. Fui à alguns terreiros, sempre pedindo orientação ao meu Pai Ogum.
Sempre solicitava a ele que se não fosse o lugar correto para o meu desenvolvimento, que não me deixasse ficar. E assim foi!
Apesar de muitos convites, sempre algo acontecia para que eu não participasse das correntes.
Até que um dia, essa entidade, que me "impedia" de entrar nas casas, me levou à uma pessoa que me ajudaria trabalhar minha mediunidade.  Onde esse Caboclo se manifestou, quase que de imediato, a afirmou:
- Este filho, que começa a engatinhar nas lides espiritualistas, nunca permiti que entrasse em terreira nenhuma. Pois nós, a espiritualidade, o guiaremos e à todos que nos seguirem.
Voltei para casa uma semana depois, já lidando um pouco melhor com a mediunidade quando que para minha surpresa, essa entidade, o Caboclo das Sete Espadas, se apresentou para mim, me dando a autorização para começar à desenvolver, ainda mais, minha mediunidade na prática. Mas me deu algumas regras que eu deveria seguir, caso contrário os espíritos que me acompanhariam seguiriam outros caminho, e não mais me tutelariam e ensinariam sobre a espiritualidade. Regras morais e comportamentais.
Eram simples, algumas posso citar:
* Nunca cobrará nenhum centavo por nenhum trabalho, aconselhamento e nada que envolva a mediunidade ou o templo. (Se uma moeda entrar pela porta, a espiritualidade sai pela mesma)
* Não terás "filhos de Santo". (Pai só existe um, Deus)
* O templo sempre será simples, e deverá ser chamado por Tenda. (A humildade deve sempre ser a linha mestra)
* O estudo deverá ser permanente, pois é necessário a Evolução Científica.
* As boas ações serão diárias, pois é imprescindível a Evolução Moral.
* A leitura e entendimento dos Evangelhos, antigo e novo. E das obras de Kardec.
* Ouvir à todos, aprendendo e ensinando, pois essa é a vontade do Criador.
* Nos trabalhos de direita, não haverá toque de instrumentos nenhum.
* Nos trabalhos de esquerda não haverá corte de animais, e nem trabalho com sangue.
* despachos, direita ou esquerda, apenas com autorização de meus mentores.
Enfim, e então abrimos a Tenda de Apoio Espiritual Pai Ogum, já se vai quase dez anos, e ainda estou aprendendo, trabalhando e seguindo essas e mais outras regras, que me fazem bem. Ah e a pessoa que me ajudou com a mediunidade, lá no começo, o Caboclo a afastou também.
E assim vou compreendendo a verdadeira Umbanda, sem mistura e sem contaminações, bebendo direto da fonte da espiritualidade.

Grato por tudo que a Umbanda me proporcionou.

Rafael Hernandes

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Narcisismo vs Umbanda

Uma das coisas mais perigosas é quando o narcisismo vence a doutrina, e cada um se sente no direito de fundar a sua própria Umbanda.
Acredito que algumas variações doutrinárias são importantes para a capilarização da Umbanda, mas não podemos aceitar que a essência da Umbanda seja perdida ou denegrida.
Na verdade não seriam nem variações doutrinárias, mas sim na apresentação, na linguagem. Pois como sabemos, a Umbanda é uma religião popular que deve falar às pessoas, toca-las no fundo do seu coração, alimentando assim as suas próprias forças para que essas consigam alcançar seus objetivos.
Existem alguns princípios na Umbanda que devem ser respeitados e seguidos para que a essência da não fique prejudicada. Ao meu ver são:

* Não há sacrifício animal;
* Não há nenhum tipo de cobrança;
* Não há trabalhos de amarração, ou Magia Negra;
* Jesus, o Cristo, deve ser sempre louvado;
* A humildade deve ser a base de tudo;
* A Caridade é o que deve nortear a vida de um umbandista;
* Rituais são para os olhos e a fé para a alma.

O resto é adorno, enfeite.

Ninguém é obrigado a concordar comigo, pois não sou o Papa da Umbanda, aliás, a Umbanda não tem Papa.

Pensemos nisso.

Saravá.

RafaelHernandes

domingo, 22 de julho de 2018

O Mendigo é o Tata Caveira

Eis que eu estou indo almoçar perto do cemitério da Vila Mariana e um mendigo me aborda na rua pedindo um prato de comida. Nunca dou dinheiro, mas é muito comum eu comprar pão, sanduíches, leite ou comida para pedintes quando vou no supermercado na Liberdade e tem sempre algum pedinte no caminho.

Como ele não estava bêbado nem em trapos, não teria problema em entrar no restaurante. Ao invés de só comprar um lanche, acabei almoçando com ele. Ele me contou que trabalhava como carroceiro e que chegou até a ser casado, “com a mulher da vida dele”, mas que eles brigavam muito por causa da bebida e ela o largou, e acabou morrendo de alguma doença um tempo depois. Ele se sentiu culpado, disse que se ele estivesse do lado dela ela não teria ficado doente, e largou a bebida. Depois, acabou se mudando ali para a região do cemitério, onde faz uns bicos ajudando nas floriculturas e tomando conta dos carros. E todo dia ele ia visitar a esposa antes de voltar pro barraco. Ele perguntou se eu era casado e, quando falei que sim, disse pra eu sempre tomar conta da minha esposa.
Antes de nos despedirmos, peguei uma das rosas vermelhas do buque da Maria Navalha que estava comigo e entreguei pra ele. Falei pra dar de presente pra esposa, que ela iria gostar. Ele agradeceu e saiu, em direção do portão do cemitério, cantarolando baixinho:

Falange Caveira ⬅️

“Portão de ferro
Cadeado de madeira
Na porta do cemitério
Eu vou chamar Tatá Caveira“

Não teve como não lembrar das palavras do Seu Tatá Caveira no domingo: “Pode deixar, filho… você cuida dos meus que eu cuido dos seus…”

John Constantine feelings…

sexta-feira, 20 de julho de 2018

O que incorporar na Umbanda

O Umbandista, não tem que se preocupar com quem pode incorporar, mas sim com o que.
Não importa se o Caboclo é da linha de Ogum ou de Xangô. Nem se o Preto é do Congo ou de Aruanda. O Exu é da Lomba ou da Calunga.
O que importa se a entidade é chefe de falange ou falangeiro?
Qual é o valor disso?
O que o filho de Umbanda tem que incorporar é o bem viver para o bem.
Os conceitos da filosofia umbandista devem estar presentes no dia-a-dia dos filhos de fé.
Simples assim.

Rafael Hernandes
Cacique de Umbanda

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Umbanda, religião e rituais

Quem me conhece sabe o quanto me preocupo com a Umbanda, no sentido de o quanto a nossa religião anda defasada e perdida, em novos conceitos e dogmas.
Não sou o portador da verdade absoluta, muito menos me foi concedido uma procuração para falar em nome dos irmãos Umbandistas, ou habitantes de Aruanda. Falo apenas o que minhas pesquisas e conversas, com entidades elevadíssimas, me permitem.
Não vejo problema algum em se criar novos rituais, apesar de eu não faze-lo, pois a Umbanda precisa ser renovada todos os dias, ser oxigenada.
Porem, não o faço, por acreditar que a Umbanda é absolutamente completa dentro da ritualística já existente. E, por sinal, pouco conhecida pelas próprios Umbandistas.
Creio que a invenção de novos processos ritualísticos, apenas povoam ainda mais, conceitos. Enfeitando-os de forma a , muitas vezes, se perder o significado.
Quanto mais complexo for um ritual, menos se presta atenção no principal motivo para o qual ele esta sendo realizado. Muitos detalhes atrapalham.
No meu humilde modo de ver as coisas da Nossa Amada Umbanda, creio que Caboclo das 7 Encruzilhadas nos ensinou o que precisávamos saber sobre a Sagrada Umbanda, e restante seria apenas mais do mesmo, ou enfeites.
Nem estou falando da triste miscelânea entre Umbanda e religiões Africanistas. Que como boa parte das pessoas tem o conhecimento, são religiões absurdamente distintas. Mas que muitos teimam em, perigosamente para ambas, fase-las uma só.
Peço compreensão e discernimento para quando forem "inventarem" algo em algo tão lindo.

Luz e paz.

Rafael Hernandes

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Quem é quem?

Filhos de Umbanda, meus irmãos.
Muitas pessoas falam que se "quer conhecer alguém, de-o poder." E esse poder pode ser moral, posicional ou financeiro.
Essa é a mais pura verdade. Muitos de nossos irmãos se posicionam de forma distinta quando se "alcança" algum tipo de poder.
Muitos relacionamentos findam por causa do dinheiro, por exemplo. Se um cônjuge tem os rendimentos maiores do que o do outro já é motivo para que haja uma disparidade na relação.
Outros casos é a imposição física. Quando alguém tem um corpo mais robusto que o outro, acaba por fazer um amedrontamento, que as vezes não é intencional, mas intimida seus interlocutores.
Imagina quando isso vai para a esfera religiosa?
O Pai-de Santo, ou Cacique de Umbanda, por ter um "cargo" mais elevado dentro de uma comunidade religiosa, tem um poder nas mãos. E o modo de utilizar isso vai muito além do caráter de cada líder religioso, mas sim da doutrina que tens e que divulga.
Isso serve para líderes de qualquer segmento religioso.
Devemos entender que as pessoas não aprendem apenas por palavras, mas sim por gestos e atitudes.

Vamos ser mais humildes para que possamos ensinar humildade.

Rafael Hernandes