terça-feira, 27 de novembro de 2018

Orixás na visão Umbandista

Assunto dos mais controversos na Umbanda é a de quais Orixás fazem parte da Umbanda.
Em nossa Tenda, os nominamos Oxalá, Ogum, Oxum, Xangô, Iansã, Oxóssi e Iemanjá.
Mas não está agindo errado quem acredita em Bara, Yori, Yorimá, ou outros.
E a explicação é simples e acertiva.
Paramos para meditar sobre o assunto e lembramos de um ensinamento de Pai Francisco de Aruanda, que diz "Os Orixás não são seres, como os seres que conhecemos, mas sim forças de ação do Pai Maior".
Isso então me fez compreender que Orixás não são Deuses, mas sim Deus. Digamos que Eles são os Verbos de Deus.
Mas como chama-los?
Poderíamos chama-los por Amor, Vibrar, Ajustar, Compreender, e por ai vai.
Só que me lembro, também, dos ensinamentos contidos na história da Umbanda. Quando perguntado sobre seu nome, o Caboclo das Sete Encruzilhadas afirmou "não ser necessário", claro que com a repetição desta questão ele se obrigou a responder. "Já que queres um nome, me chamem de Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não haverá caminhos fechados."
Mas reparem, a primeira afirmação foi sobre a não necessidade de um nome.
Então, meus irmãos, creio não haver necessidade de batizarmos  os Orixás, apenas sermos gratos pela existência deles. Já que são eles as ações de Deus.

Saravá a Luz de vem de Aruanda.

Rafael Hernandes

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

De verdade, a verdadeira Umbanda

O que, a maioria das pessoas compreende por Umbanda, na verdade se afasta da raiz desta religião tão bela e simples.
Eu, quando tomei a decisão de trabalhar com essa linha da espiritualidade, comecei a tentar saber maia sobre ela. Fui à alguns terreiros, sempre pedindo orientação ao meu Pai Ogum.
Sempre solicitava a ele que se não fosse o lugar correto para o meu desenvolvimento, que não me deixasse ficar. E assim foi!
Apesar de muitos convites, sempre algo acontecia para que eu não participasse das correntes.
Até que um dia, essa entidade, que me "impedia" de entrar nas casas, me levou à uma pessoa que me ajudaria trabalhar minha mediunidade.  Onde esse Caboclo se manifestou, quase que de imediato, a afirmou:
- Este filho, que começa a engatinhar nas lides espiritualistas, nunca permiti que entrasse em terreira nenhuma. Pois nós, a espiritualidade, o guiaremos e à todos que nos seguirem.
Voltei para casa uma semana depois, já lidando um pouco melhor com a mediunidade quando que para minha surpresa, essa entidade, o Caboclo das Sete Espadas, se apresentou para mim, me dando a autorização para começar à desenvolver, ainda mais, minha mediunidade na prática. Mas me deu algumas regras que eu deveria seguir, caso contrário os espíritos que me acompanhariam seguiriam outros caminho, e não mais me tutelariam e ensinariam sobre a espiritualidade. Regras morais e comportamentais.
Eram simples, algumas posso citar:
* Nunca cobrará nenhum centavo por nenhum trabalho, aconselhamento e nada que envolva a mediunidade ou o templo. (Se uma moeda entrar pela porta, a espiritualidade sai pela mesma)
* Não terás "filhos de Santo". (Pai só existe um, Deus)
* O templo sempre será simples, e deverá ser chamado por Tenda. (A humildade deve sempre ser a linha mestra)
* O estudo deverá ser permanente, pois é necessário a Evolução Científica.
* As boas ações serão diárias, pois é imprescindível a Evolução Moral.
* A leitura e entendimento dos Evangelhos, antigo e novo. E das obras de Kardec.
* Ouvir à todos, aprendendo e ensinando, pois essa é a vontade do Criador.
* Nos trabalhos de direita, não haverá toque de instrumentos nenhum.
* Nos trabalhos de esquerda não haverá corte de animais, e nem trabalho com sangue.
* despachos, direita ou esquerda, apenas com autorização de meus mentores.
Enfim, e então abrimos a Tenda de Apoio Espiritual Pai Ogum, já se vai quase dez anos, e ainda estou aprendendo, trabalhando e seguindo essas e mais outras regras, que me fazem bem. Ah e a pessoa que me ajudou com a mediunidade, lá no começo, o Caboclo a afastou também.
E assim vou compreendendo a verdadeira Umbanda, sem mistura e sem contaminações, bebendo direto da fonte da espiritualidade.

Grato por tudo que a Umbanda me proporcionou.

Rafael Hernandes