sábado, 30 de junho de 2012

Dez anos sem Chico Xavier



Deixo aqui registrado uma homenagem ao nosso querido Francisco Candido Xavier, espírito de muita luz, que sempre demonstrou em suas atitudes, a simplicidade e a humildade. À exatamente 10 anos, deixava o mundo da carne para retornar a Pátria Espiritual. Psicografou mais de 400 livros, sem contar as inumeras cartas que traziam notícias de pessoas do lado de lá, para o lado de cá, trazendo alívio a muito sofrimento.
Trabalhador na doutrina espírita, desde criança teve contato com o mundo dos mortos, se mostrou alguem que realmente sabia o significado do termo Cristão.
Chico Xavier era um ser que celebrava o amor, a amizade e a fé. O desencarne veio justo no dia em que o Brasil estava em festa, pois neste mesmo dia, a seleção de futebol conguistara seu 5º campeonato mundial. Ele já havia dito isso, que morreria em um dia de alegria para o país.
Apesar de ser um ícone Espirita, ele transpassou toda e qualquer fronteira religiosa. Ensinou que podemos ser pessoas melhores, e sendo pessoas melhores, o mundo também sera melhorado.
Um dos maiores médiuns da história, não só do Brasil, mas do planeta, dedicou sua vida a ajudar, nunca se aproveitou do seu dom, mostrando-nos que a caridade não se vende.

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
Chico Xavier


Chico, são 10 anos que passaste para o outro lado, sabemos que continua trabalhando e orando por todos nós, seus irmãos. Que tenha cada vez mais LUZ e FORÇA.

Rafael d'Ogum

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Umbanda escola de vencedores

Para sermos vencedores, antes de tudo precisamos ser guerreiros, ninguem consegue vencer, sem colocar-se diante de uma batalha ou demanda. Ninguem aprender a caminhar sem cair alguns tombos, isso é uma coisa bastante lógica. 
Mas para sermos vitoriosos, precisamos saber o que estamos fazendo, pois ninguém vence nada, apenas contando com a sorte. Devemos estudar, nos dedicar e aprender a fazer o que nos propusemos. É na guerra que se forjam os guerreiros, mas para isso é necessário um treinamento. 
Quando o assunto é nossa Amada Umbanda, os treinamentos são realizados com uma base doutrinária forte, que é a marca registrada de nossa religião. Mas o que menos importa é aprendermos a realizar rituais e oferendas, pois a vitória não esta aí, a vitória esta em entender o por que das coisas, para tudo existe uma explicação espiritualista e sem essa compreensão, nenhum ritual  tem poder ou força para nada. Não basta acender uma vela, sem uma oração, não basta tomar um banho de ervas, se nossos protetores e guias não estiverem nos acompanhando. Ja nos foi dito aqui na TAEPO que os rituais são para os olhos e os sentimentos para a alma. Ações sem sentimentos, nada são alem de atitudes vazias. Primeiro é preciso ter fé,  baseada em conhecimento, mas incondicional, acreditar que em Deus tudo podemos, e estando ao lado dEle, ninguém jamais poderá nos fazer nenhum tipo de maldade. Podem até tentar, mas nada me alcançará.
Mas há pontos que devem ser respeitados e entendidos. 
* Deus não fica ao meu lado, mas sim eu tenho que me por ao lado dEle, e só conseguirei fazer isso se tiver uma conduta correta e justa. 
* Orixas são Forças da natureza, por isso, são como braços de Deus. E não Deuses.
* Umbandistas não são contra evangélicos, católicos, espiritas, candomblecistas, etc... Não somos contra ninguém, somos todos filhos do mesmo Deus.

E por aí vai....
Ser Umbandista, não é apenas ser religioso, mas sim um estudioso. Primeiro aprender para depois irmos para a guerra. Vamos juntos levar a Bandeira de Oxalá pelos 4 cantos do mundo. Vencer demandas e erguer nossos irmão que precisam de suporte.

Saravá a todos

Rafael d'Ogum

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Procura-se Umbanda

Procura-se, e nem sempre se encontra, Umbanda dentro dos Centros Umbandistas. Pois em muitos, o que menos se vê é a própria religião.
Encontramos com uma certa facilidade casas luxuosas, Congás magníficos, correntes enormes,  Pais de terreiros cheios de guias e adornos, muitos rituais e pouca essência. Infelizmente, muitas pessoas procuram aparência e não trabalho. E encontram nesses locais.
A Umbanda não pede e nem precisa desse tipo de coisa. Pois a "Umbanda é coisa séria, pra gente séria." Como já dizia o Caboclo Mirim. A Umbanda é simples e complexa, a complexidade esta na alma da simplicidade. Se o Caboclo das Sete Encruzilhadas orientou-nos a usar apenas o branco, era para que mantivéssemos a simplicidade e não fugíssemos da pureza. Não é necessário uma casa muito grande, mas que tenha o tamanho suficiente para que as pessoas sintan-se bem confortáveis, uma casa muito grande, pode mostrar um certo grau de impessoalidade, na Umbanda as pessoas tem que sentir o calor humano e se sentir abraçadas. Também não é preciso enfeites, pois é uma religião e não um barracão de carnaval. O Congá ou Jabutá, serve como ponto de concentração para a corrente mediúnica e também ajuda a transformar as energias, não tem porque ter imagens enormes e símbolos espalhados por todos os cantos, deve ser harmonioso e equilibrado. Pais-de-santos, Caciques, Dirigentes, não são nada mais que pessoas como todas as outras que frequentam a casa. Não são nem melhores e nem piores que ninguém, são médiuns que merecem respeito como todos os filhos de Deus, apenas tem uma missão de liderança, e essas figuras, que muitas vezes se apresentam místicas e inacessíveis, não podem e nem devem se colocar dentro do Congá, estão longe de serem Santos ou Orixás. Todos nós estamos.
Na Umbanda não pode haver segredo e nem mistério, cada passo dado, deve ser explicado a quem interessa.
Mas, uma coisa aprendi nessa vida, as pessoas só podem encontrar o que procuram, tem gente que gosta de fantasias, histórias mirabolantes, festas monumentais, com certeza irão encontrar com facilidades, mas dificilmente encontraram a essência nesses locais, pois muitos utilizam isso para esconder a falta da essência.
Para encontrar a Umbanda, é preciso conhece-la, para conhece-la basta procurar a simplicidade.
Quando se decide o que se quer para a vida, a vida da um jeito de lhe dar o que você almeja.

Saravá

Rafael d'Ogum

sábado, 16 de junho de 2012

O Religioso Profissional

Aviso aos navegantes. DEUS NÃO TERCEIRIZA SERVIÇOS!!
Ele nos dá de graça, a graça que merecemos, e não adianta contratar serviços, trabalhos espirituais, para resolver problemas que devemos resolver por nós mesmos. Muita gente procura Terreiras, Tendas e Centros, querendo a solução imediata para as dificuldades da vida. Transferindo para os pais-de-santo uma responsabilidade pessoal. E o pior, pagando pelo serviço.
Onde há dinheiro, há comercio. Onde há comercio, há barganha. Onde há barganha, não há fé. Onde não há fé, não há religião.
Religião, do latin Religare, significa religação com o divino. A religião tem esse objetivo, religar-nos à Deus e não realizar a função dEle.
Só quem pode mudar o seu destino, ou o seu caminho é você mesmo ou Deus. Com certeza Deus irá mudar seu caminho e seu destino apenas de acordo com o seu merecimento, tendo isso em mente, da pra pensar que só quem poderá mudar isso é você.
Devemos ter uma filosofia de vida, uma linha de pensamento que deve ser utilizado com coerência. E ainda, devemos nos cuidar e ver direitinho onde estamos nos metendo.
Vamos analizar. Trabalhos espirituais são realizados por espíritos, espíritos não pagam contas de água, luz, aluguel, telefone, etc..., se eles querem e podem me ajudar, devem ser evoluídos suficiente, no mínimo,  para compreenderem isso. Dinheiro para eles não faz diferença.
Beleza, Rafa, mas o médium tem que pagar isso tudo!
Ok, o médium tem que pagar, mas o médium tem que trabalhar para isso. Mediunidade não é profissão. Temos várias histórias de médiuns que nunca fugiram do trabalho, sr. Zelio Fernandino de Moraes, trabalhava, sustentava a família e a Tenda Nossa Sra da Piedade, Francisco Candido Xavier, poderia ter ganho muito dinheiro com a venda dos livros psicografados por ele, mas não, ele trabalhava.
É perigoso quando envolvem dinheiro e religião, por que como já coloquei, no meu ponto de vista, onde há dinheiro não há religião, e esta pipocando na mídia casos de "religiosos profissionais" que estão sendo presos por roubos, latrocínios, estelionatos, homicídios e outros crimes. Mesmos os bem intencionados, que não infringem o código penal, estão, novamente ao meu ver, cometendo um erro pois estão comercializando algo que não lhes pertence, um trabalho que eles não vão realizar.
Deus não abre licitação e muito menos não terceiriza serviço. Deus é Deus e ponto.

Orai sempre à Deus, e vigiai suas atitudes e pensamentos.

Rafael d'Ogum


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Umbanda em verso

Enquanto uns oram,
outros cantam e batem palmas;
Enquanto uns tão recem chegando,
outros já estão indo embora.

Na mandinga do terreiro,
tem folha, fogo e fumaça;
Para ajuda filho de fé,
usa-se até cachaça.

A magia branca é simples,
tem guiné, arruda e amor;
A fé remove montanhas.
e acaba até com a dor.

Muita gente anda perdida,
sem saber em quem confiar;
Eu te falo de coração, meu irmão,
entregue sua vida à Oxalá.

Trago notícias animadoras,
para quem quer bem viver;
Nada é mais simples que isso,
ao invés de ter, primeiro é preciso ser.

Um caboclo me ensinou,
ter compromisso é importante;
Não da para ir longe,
sem essa força, não se vai adiante.

Um preto muito velho,
me aconselhou  o que fazer;
Esqueça o egoísmo, meu filho,
ajudar os outros é que da prazer.

Uma criança que chegou,
fez uma verdadeira festa;
Muito alegre e feliz,
colou um pirulito na testa.

Exu é trabalhador,
é bastante incompreendido;
Parceiro de todas as horas,
um verdadeiro amigo.

Rafael d'Ogum

sexta-feira, 8 de junho de 2012

História da Umbanda

Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens.

Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade. À princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado".
No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio. Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade.

O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita. No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição sentaram-se a mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho. Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho a entidade incorporada no rapaz perguntou:
"- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:
"- Porque o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?"

Ele responde:

"- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."

O vidente ainda pergunta:

"- Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"

Novamente ele responde:

"-Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."

Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 – Neves – São Gonçalo – RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita, parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente as 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:
"-Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".

Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda.
O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:
"- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai."

Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão.
O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que haviam neste local, praticando suas curas.
Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:

"- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá",

Após insistência dos presentes fala:

"- Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:

"- Minha caximba.,nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio".

No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados.

A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda.

Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.

Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebendo ordens do astral fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:
Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia;
Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição;
Tenda Espírita Santa Bárbara;
Tenda Espírita São Pedro;
Tenda Espírita Oxalá;
Tenda Espírita São Jorge;
Tenda Espírita São Jerônimo.

As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu.

Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas.

Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.

O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje.

As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam.
A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda afinizam a ligação com a vibração dos seus guias.

Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia.

Mais tarde junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacú – RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos no dia 03 de outubro de 1975.

Texto retirado do site http://www.paimaneco.com.br/

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Simples, Fácil e Comum

Isso ou essa é a forma que compreendemos a Umbanda, ou melhor, a espiritualidade de foma geral.
Temos semanalmente encontros da corrente mediúnica e do JUPC com uma de nossas entidades. Essa entidade é o Pai Francisco de Aruanda, que sempre é crivado de perguntas, e sempre as responde com uma simplicidade e facilidade incrível, e o mas interessante, fala de uma forma que se torna comum o entendimento.
Sabemos que a Umbanda tem essa função, também, de fala de maneira a que todos entendam.  o Pai Chico, forma que carinhosamente chamamos esse grande amigo espirital, tem esse dom. Fala a todos, independente de idade e escolaridade.
Não é uma sessão, também não é uma palestra e, muito menos, um monólogo, é um bate-papo entre amigos, onde alem das perguntas e respostas, há um clima descontraído e ilustrado, em toda a pergunta, há uma história para a exemplificação.
Essa interatividade, que é a cara da nossa juventude, atrai as atenções, fazendo um bate bola bem ativo.
Esse querido mentor, que orienta a minha mediunidade, é amigo de todas as horas, sempre tem a palavra certa para o momento adequado, e encontramos escondido na roupagem de um velho escravo, que ele realmente conta que foi por duas oportunidades, um ser de muita evolução e esclarecimento.
Tenho certeza que fomos abençoados por Oxalá, por ter Pai Francisco de Aruanda, um espírito que sempre mostra a Umbanda,ou melhor, a espiritualidade é simples, fácil e comum.

Adorei as Almas

Rafael d'Ogum