Graças a Deus, hoje, sou um médium atuante nas Sagradas Linhas da Umbanda. não sou o médium, sou mais um médium, seria eu menos que um grão de areia em um deserto, seria eu menos que uma gota de água na imensidão de um ocêano. Trabalho para me sustendar, dar condições dignas para minha familia, e ainda manter nossa simples Tenda de Apoio. Não quero que ninguem pense que estou aqui relatando isso por que quero algum tipo de reconhecimento, não faço mais que a minha obrigação. Com certeza, não mantenho a TAEPO sózinho, financeiramente, há algumas pessoas que me ajudam.
Nós não cobramos absolutamente nada em valores monetários, pois quando cobrar, deixarei de estar praticando caridade. Gastos, há sim, mas é o mínimo, perto do que alcançamos quando vemos quem veio procurar ajuda e sair ajudado.
Nossa missão é bela e simples, não vendemos absolutamente nada, doamos. A nossa Amada Umbanda trabalha com Amor, Fé, Caridade, Compaixão, Vontade e Sentimentos, e até onde eu sei, nenhum desses ingredientes tem preço.
Eles (os guias espirituais) me dão tanto, que não seria justo eu cobrar ainda mais. Sei que muitos vão discordar. Peço desculpas, mas essa é minha humilde forma de ver as coisas. Nós humildes trabalhadores das Sagradas Linhas devemos entender que muito será cobrado a quem muito foi dado.
Alguns ensinamentos são bíblicos, devemos dar de graça o que de graça recebemos e amai uns aos outros, assim como nosso mestre Jesus nos amou.
Nenhum espírito de Luz vai pedir uns pilas para trabalhar, quem precisa de salário somos nós e não Eles, é só lembrar "Dai à Cezar o que é de Cezar".
Já ouvi várias afirmativas do por que se cobra por atendimento, argumentos dos mais distintos possíveis, desde que se deve valorizar o seu tempo até que as pessoas não dão valor para o que é de graça. Eu trabalho em horários alternados, não tenho horário certo no meu emprego, tenho uma família, tento sempre que possível atualizar o blog, ler livros, descançar e manter minhas funções nas lides da Tenda, aprendi a valorizar cada minuto que tenho, mas quem tem que valorizar meu tempo sou eu, ninguem tem "culpa" disso, quanto ao argumento que as pessoas não dão valor para o que não se paga, não concordo também, pois tem gente que vem, as vezes, de cidades vizinhas para um atendimento. Há pessoas que vem para uma consulta e muitas vezes não tem condições financeiras nem para se sustarem, se nós cobrássemos, não atenderíamos? Sim, claro que abriríamos exceção. Tá mas qual a diferença entre ajudar quem tem e quem não tem condições financeiras?
"... E A NINGUÉM VIRAREMOS AS COSTAS. POIS ESSA É A VONTADE DO PAI!" (Caboclo das 7 Encruzilhadas)
Já coloquei em textos anteriores, que fui cobrado por um Pai-de-Santo, um valor de mais ou menos R$400,00, e mais um monte de coisa para duas oferendas, para resolver meu problema de falta de emprego e de dinheiro. Acho que ele queria era resolver o problema dele referente a falta de dinheiro, mas tudo bem, aprendi com isso.
Devemos praticar o desapego aos bens materiais, e não forçar nossos irmãos a se desapegarem.
Novamente peço desculpas, mas esse é meu humilde ponto de vista. Deus nos dá condições para que consigamos cumprir com nossas missões.
Paz, Luz e Muito Trabalho!
Rafael d'Ogum
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