segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Umbanda continua

Era uma vez, um jovem rapaz que encontrou muitas dificuldades em certo momento da vida, meio período não sabia exatamente o que fazer, procurou um “Pai de Santo” que lhe ofertou uma consulta com um Exu, ao término da conversa veio a surpresa, a entidade receitou duas bandejas que deveriam ser arriadas, cada uma contendo entre vários ingredientes, uma galinha.
Mas até aí as coisas não estavam tão estranhas, pois na cabeça desse guri, essas entidades realmente precisariam disso para realizar o trabalho. Só que o Exu olhou-o e falou que alem do ingredientes, seria necessário o pagamento da mão do “Pai-de-Santo”. Um valor simbólico de R$2.000,00.
Já com a cabeça avariada, devido ao problema familiar que enfrentava, saiu meio perdido, e foi indicado uma outra casa, então a tomada de preço estava aberta.
Chegando nessa Terreira, passou por uma Cigana que avisou que o sr. João Caveira o estava esperando, foi ao encontro dessa entidade, quando um cambono o abordou dizendo que deveria colaborar com a casa para conversar com o Chefe da Sessão. Sem um pila no bolso, virou as costas, desanimado quando ouviu o Exu o chamar.
Parou na frente do Exu, ajoelhando-se e pedindo socorro mentalmente, o Guardião olhou nos olhos dele afirmando que as coisas iriam se acertar, para manter a calma.
Sentindo-se mais tranquilo, saiu mais leve, no outro dia, os problemas voltaram a sua cabeça então se lembrou de sua tia, Cacique de Umbanda, que por ser sua parente, deveria fazer um precinho camarada. Ligou para ela e contou o que se passava, instantaneamente ela pediu para que ele parasse de reclamar e que ele fosse ao seu encontro, mas, ainda sem nada nos bolsos, ela completou que mandaria a passagem. Pegou o ônibus, viajou por algumas horas para o tal encontro e ao chegar no destino, encontrou sua parente de braços abertos o aguardando-o.
Passou uma semana, na companhia de sua tia, sua avó, seu primo e algumas entidades.
Muitas amostras foram dadas para ele, muita coisa foi ensinada e algumas verdades trazidas à luz do conhecimento. E o principal, tudo de graça.
Nascia naquela semana um novo rapaz, com um novo conceito, com uma nova expectativa. Decidiu naquele momento, que a partir de então gostaria de ajudar alguém, uma pessoa seria sua meta, assim como um dia foi ajudado por várias, sem precisar desembolsar nada. Algumas pessoas já foram ajudadas por esse camarada, que se honra de nunca ter cobrado nada de ninguém, mas ele permanece procurando a pessoa a ser ajudada.
E assim continua a história da Umbanda, um ajudando o outro, sem querer nada em troca, a não ser retribuir tudo o que lhe foi dado.

Vamos ajudar, irmãos.

Rafael d'Ogum

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