Prece aos Pretos-Velhos

Louvados sejam todos os pretos-velhos.
Louvados sejam vós que formais o santíssimo rosário da Virgem Maria.
Santas Almas Benditas, protetoras de todos aqueles que se encontram em
aflição. A vós recorremos espíritos puros pelos sofrimentos, grandiosos pela
humildade e bem aventurados pelo amor que irradiam, socorre-me pois
encontro-me em aflição.
Concedam-me meus bondosos pretos-velhos a graça de (pede-se a graça
que deseja alcancar) através da vossa intercessão junto a Santa Virgem
Maria, santíssima mãe de Deus e de todos nós.
Dai-me meus pretos-velhos um pouco de vossa humildade, de vosso
amor, e de vossa pureza de pensamentos, para que possa cumprir a minha
missão na Terra, seguindo todos os vossos exemplos de bondade.
Louvadas sejam todas as Santas Almas Benditas.
Tenham piedade de nós.

Assim seja.

Construindo o Congá

Conga, Jabutá ou Altar, são os nomes dados à um ponto de concentração dentro das Tendas e terreiras, Brasil à fora.
Esse "equipamento" ajuda os médiuns a focar seus pensamentos na hora de se preparar para o transe mediúnico, ajuda os consulentes dando-lhes uma referencia religiosa; ajuda os filhos de fé, ofertando-lhes um ponto para equilíbrio mental e refacimento.
O Conga pode ser, ou não, aterrado, cruzado, preparado, também é possível que tenha pedras, ou pontos riscados, ou imagens, ou as três ou nenhuma dessas representações.
Ele pode ser circular, em formato de estrela, ou triangular, mas também pode ser um simples armário com os elementos ali dispostos.
Imagem de Orixás africanos e Santos Católicos, podem predominar no Jabutá, ou conviver na mais plena e pura harmonia, até busto de Allan Kardec pode ser inserido, sem problemas nenhum.
Ele, o Canga, sendo tratado com todo o carinho e respeito, não importa a aparência, como ou com o que ele é feito, o que importa é o sentimento que ali despejamos, é a fé que depositamos naquele cantinho que consagramos como nosso elo com o Sagrado, com o Alto.
Mas o grande segredo é construir o seu próprio Gonga, com o material, a forma, os elementos e a aparência que você quiser, dentro do seu coração, pois é esse, que você vai reverenciar todos os dias e é ali que ira tratar seus guias e amigos espirituais, pois fazendo isso, estará reverenciando e tratando à você mesmo.

Saravá.
Rafael d'Ogum

2014 ano de Xangô

O ano de 2014 será regido pela vibração do Orixá Xangô, vibração essa que representa o equilíbrio, a justiça. Xangô tem o marrom como sua cor, seu elemento é a terra. Sua postura é firme e dura como a rocha.
Os anos regidos por Xangô, são anos de respostas, de colheitas. Por ser o Orixá da Justiça, Xangô, não deixa nenhuma ação passar em branco sem a reação equivalente, e o retorno não vem à cavalo, mas sim à leão, que não é presa mas sim predados.
Senhor dos raios e trovões, tem por objetivo realizar a eliminação de grande parte das energias nocivas, que contaminam a atmosfera terrestre, ao gerar e encaminhar as respostas das ações.
Então, em 2014, devemos estar preparados para recebermos os resultados das nossas escolhas e atitudes.
Que Sr. Xangô nos guie no caminho da retidão, rumo a felicidade.

Rafael d'Ogum

A Umbanda continua

Era uma vez, um jovem rapaz que encontrou muitas dificuldades em certo momento da vida, meio período não sabia exatamente o que fazer, procurou um “Pai de Santo” que lhe ofertou uma consulta com um Exu, ao término da conversa veio a surpresa, a entidade receitou duas bandejas que deveriam ser arriadas, cada uma contendo entre vários ingredientes, uma galinha.

Mas até aí as coisas não estavam tão estranhas, pois na cabeça desse guri, essas entidades realmente precisariam disso para realizar o trabalho. Só que o Exu olhou-o e falou que alem do ingredientes, seria necessário o pagamento da mão do “Pai-de-Santo”. Um valor simbólico de R$2.000,00.

Já com a cabeça avariada, devido ao problema familiar que enfrentava, saiu meio perdido, e foi indicado uma outra casa, então a tomada de preço estava aberta.

Chegando nessa Terreira, passou por uma Cigana que avisou que o sr. João Caveira o estava esperando, foi ao encontro dessa entidade, quando um cambono o abordou dizendo que deveria colaborar com a casa para conversar com o Chefe da Sessão. Sem um pila no bolso, virou as costas, desanimado quando ouviu o Exu o chamar.

Parou na frente do Exu, ajoelhando-se e pedindo socorro mentalmente, o Guardião olhou nos olhos dele afirmando que as coisas iriam se acertar, para manter a calma.

Sentindo-se mais tranquilo, saiu mais leve, no outro dia, os problemas voltaram a sua cabeça então se lembrou de sua tia, Cacique de Umbanda, que por ser sua parente, deveria fazer um precinho camarada. Ligou para ela e contou o que se passava, instantaneamente ela pediu para que ele parasse de reclamar e que ele fosse ao seu encontro, mas, ainda sem nada nos bolsos, ela completou que mandaria a passagem. Pegou o ônibus, viajou por algumas horas para o tal encontro e ao chegar no destino, encontrou sua parente de braços abertos o aguardando-o.

Passou uma semana, na companhia de sua tia, sua avó, seu primo e algumas entidades.

Muitas amostras foram dadas para ele, muita coisa foi ensinada e algumas verdades trazidas à luz do conhecimento. E o principal, tudo de graça.

Nascia naquela semana um novo rapaz, com um novo conceito, com uma nova expectativa. Decidiu naquele momento, que a partir de então gostaria de ajudar alguém, uma pessoa seria sua meta, assim como um dia foi ajudado por várias, sem precisar desembolsar nada. Algumas pessoas já foram ajudadas por esse camarada, que se honra de nunca ter cobrado nada de ninguém, mas ele permanece procurando a pessoa a ser ajudada.

E assim continua a história da Umbanda, um ajudando o outro, sem querer nada em troca, a não ser retribuir tudo o que lhe foi dado.

Vamos ajudar, irmãos.

Rafael d'Ogum

Direito de Criação

Toda ação provoca uma reação, essa é a terceira lei de Newton, mas é também uma lei da vida. Várias linhas religiosas e filosóficas adotam esse conceito, Umbanda, Espiritismo, Budismo, etc... as vezes mudam o nome desta Lei, mas a ideia é a mesma.

Espiritualmente falando, tudo o que eu fizer, falar ou pensar, gerará uma forma-pensamento, que ficará ao meu redor, esperando o momento para retornar para mim, seja essas atitudes boas ou não, sempre esperaram o momento para voltar, já que são minhas na sua origem.

Digamos que a espiritualidade, nos brinda com o “direito de criação”, o que eu crio é meu, e com certeza, me será entregue à qualquer momento.

Muitas pessoas saem por aí prejudicando os seus irmão em Deus, com invejas, mentiras, enfim, todas as formas possíveis, quando falo isso me refiro à magias também, acreditando que tem o corpo fechado e que jamais isso retornará, ou muitas vezes, na ignorância de não ter estudado física, não conhecendo, por tanto a Lei do retorno.

Esse “direito de criação” é uma faca de dois gumes, pode nos ser bastante agradável, quando temos nossas atitudes voltadas para o bem e para o justo, como também pode ser maléfica, se não conduzirmos corretamente nossas vidas.

Em outras palavras, apenas é possível colher o que plantamos.

Por isso devemos sempre zelar pela semeadura, já que a colheita é obrigatória.

Paz e Luz.

Rafael d'Ogum

Amada Missão

Como cacique da Tenda de Apoio Espiritual Pai Ogum, Umbandista de coração e Espiritualista por natureza, sinto-me muito bem, quando surge a oportunidade de realizar a minha missão. Tentar diminuir a ignorância e o preconceito que existe em relação a Umbanda e a Espiritualidade, de modo geral.

A conversa que se perde no passar das horas, sem notarmos a extinção dos minutos, torna-se suave e agradável, quando o assunto é tratado com todo amor e respeito.

Minhas palavras podem mudar as vezes, mas o conteúdo é sempre o mesmo. Ao tratar esse tema, torno-me repetitivo, para quem já esta acostumado, muitas vezes previsível, mas ao tratar da espiritualidade e da religiosidade Umbandística, as frases não são formadas na cabeça, elas simplesmente brotam do coração.

Acredito que fazem bem para quem as escutam, pois invariavelmente, noto um sorriso tranquilo e largo nas faces dos ouvintes, a mim também faz muito bem, me sinto leve e feliz, por poder ser um elemento multiplicador de mensagens positivas, mas creio, que ao realizar essa minha missão, ajudo como posso e da minha maneira, a fortalecer a desmistificar a nossa AMADA UMBANDA e a tão incompreendida ESPIRITUALIDADE.

Simplicidade e Amor.

Rafael d'Ogum

Parabéns e Obrigado

Começo esse texto, agradecendo aos amigos e irmãos que seguem esse humilde e pequeno blog, nessa imensa nuvem de informações que jorram diariamente muitas coisas boas, e outras nem tanto.

Na realidade esse texto é basicamente um agradecimento, á tudo e a todos.

Hoje no dia nacional da Umbanda, que na realidade é o aniversário de nossa religião, completando 105 anos. É um dia mais que especial, é o dia em que todos os irmãos de fé, se juntam em um só pensamento e uma só oração, realizando uma das mais fortes correntes positivas que se pode ser montada sobre essa Terra.

Agradeço todos os dias, a permissão dada por Pai Oxalá para poder integrar essa corrente do bem, do bom, do amor e da misericórdia. 

Sou grato também a todas as pessoas que me seguem nessa minha caminha evolutiva, pois juntos podemos evoluir mais e de forma mais tranquila, pois a união de pensamentos, equilibra as coisas e o equilíbrio é tudo.

Agradeço ao Pai Ogum, por me dar a honra de ser seu aparelho nos trabalhos, a Mamãe Oxum, que me da a calme e a serenidade necessária para as dificuldades que a vida nos apresenta, ao sr. Xangô que não deixa a que eu me afaste tanto da justiça cósmica, e Dona Iansã, que quando as coisas parecem estacionar, provoca uma ventania no meu caminho, fazendo com que eu saia a zona de conforto, à sr. Oxosse que me orienta e me ajuda a encontrar o caminho certo, sempre, à sra. Iemanja, que me purifica com sua energia de mãe. Os Cosmes me dão um pouco de inocência, para que a felicidade nunca suma e aos Pretos, esses amorosos amigos, sábios e conselheiros, que nunca me falharam.

Obrigado, mesmo, Pai Supremo, por me abençoar, me deixando atuar com essa linha de trabalho da alta espiritualidade.

Umbanda é religião de todos e para todos, pois não há preconceitos e nem julgamentos. Assim como ensinou o Sr. Caboclo das 7 Encruzilhadas. 

"Com os que mais sabem aprenderemos e com os que menos sabem ensinaremos, e a ninguém viraremos as coisas, pois essa é a vontade do Pai."

E com essas palavras encerro o texto, mas nunca acabarei de agradecer, por tudo que essa maravilhosa religião já me ofertou.

Obrigado

RAfael d'Ogum