segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pedras Caidas

Vejo por aí comentarios e textos falando sobre a derrubada da primeira casa da Umbanda, textos muito bem escritos, transferindo a culpa para a prefeita evangélica de São Gonçalo, sra. Aparecida Panisset. Ela sim, teve atitudes não muito coerentes, quem sabe até uma atitude radical-religiosa, mas a culpa não é dela, ou somente dela. Aculpa é nossa.
Quem de nós sabia o que estava acontecendo com o imóvel? Quem de nós se preocupou com a história?
Lastimavel é, mais lastimavel é que tem gente que vota em uma pessoas assim. Se puder realizar campanha contra ela, to dentro, não por ela, mas sim pelo seu extremismo religioso, que ataca, ofende outras religiões em benefícios a sua própria. Sou morador de Porto Alegre, e a politica de São Gonçalo nada me interfere no meu dia-a-dia.
Mas nada trará de volta aquele que deveria ser um monumento histórico onde foi fundada a primeira religião brasileira. Se fizessemos hoje uma "vaquinha", re-adquirindo o terreno e fundanado um museu ou algo parecido, mas não, ficamos reclamando e chorando as pedras derrubadas. Com R$5,00 de cada Umbandista colocaríamos o prédio em pé e em condições de praticar novamente a caridade. Mas é mais facil chorar as pedras caidas e reclamar a falta de atitude de pessoas que não compartilham a nossa fé. É mais facil falar do que fazer. Se nós não damos o real valor para as coisas que acreditamos ser importantes para a nossa religião, como querer obrigar as pessoas que se opoem (por incrível que pareça tem gente que se opoem á uma religião que prega a caridade), a respeiter essas coisas. O endereço vai virar um galpão, as máquinas estão lá trabalhando e nós aqui reclamando.
Então, se vamos ser expectadores disso, pararemos de reclamar e assistiremos, agora, se queremos fazer alguma coisa, vamos conversar com o maior numero possivel de Umbandistas, praticantes ou não, vamos nos juntar e investir na compra do terreno e na construção de uma Tenda Caritativa de Umbanda onde receberemos e ajudaremos à todos, como nos foi ensinado pelo C7E, e a ninguem viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do pai.
Mas tem que ser agora. Pega seu celular e ligue, mande um e-mail, vamos criar essa corrente e arrecadar esses valores e fazer a coisa acontecer.
Ah! Você não quer fazer, tem vergonha de pedir ajuda...., depois eu falo com alguém..., alguém vai fazer isso, não preciso me envolver..., a esse louco do Rafael ta viajando e querendo aparecer, deve ser candidato a algo...., etc...
Beleza, não faça, mas depois não adianta reclamar o que os outros fazem ou deixam de fazer. Fiquei triste com a destruição da primeira casa da Umbanda, mas assumi a minha parte da culpa, e não coloco tudo nas costas dos outros.
Se não fizer nada, nada será feito. Mas por favor, não adianta sentar na frente do PC, com lenços de papel, chorando, ou reclamando em verso e prosa. Nenhuma palavra substitui o valor de um ato. Não se prova para uma pessoa, que a ama apenas dizendo, e sim mostrando com atitudes.
Me desculpem à todos, mas as reclamações estão sendo uma ótima bengala.

A título de conhecimento, não sou candidato a nada.

Vamos agir irmãos.

Rafael d'Ogum

2 comentários:

  1. Rafael,concordo plenamente com seu texto e achei sua atitude muito legal. Quando li a notícia, meu coração deu um aperto.
    O que você disse acima é o que está acontecendo. As pessoas ficam tristes, choram, reclamam e põe a culpa em fulano e ciclano que deveria ter feito algo e cruzou os braços ...
    A Umbanda deveria ser tratada com mais respeito e seriedade até mesmo pelos próprios umbandista que muitas vezes têm vergonha de dizer qual sua religião.
    Apoio totalmente sua atitude.

    Renan

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  2. Muito Obrigado Renan, nós Umbandistas, somos os verdadeiros culpados, pois na hora de tomar um passe com o caboclo, receber um conselho dos pretos-velhos ou trocar uma idéia com os Exus, somos Umbandistas, mas na hora de realmente levantarmos a Bandeira de Pai Oxala, as coisas ficam mais dificeis..
    Existe dois tipos de pessoas a quem arrumam uma maneira de fazer e as que arrumam uma desculpa, infelismente, a maioria de nós Umbandistas, arrumamos uma desculpa mesmo.

    Saravá aos irmãos.

    Rafael d'Ogum

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