sábado, 1 de setembro de 2012

Não há preço, mas sim, valor.


Começamos bem o mês de Setembro, fui junto com o pessoal do JUPC, novamente ao Asilo Padre Cacique, onde sempre há histórias e personagens novos.
Sempre que vamos lá, aprendemos, e sempre que aprendemos algo, damos mais um passo em direção à evolução.
As pessoas me perguntam o que fazemos lá, e eu gosto muito de responder que vamos para aprender e sermos ajudados, pois sempre o somos. Hoje, conhecemos mais uma história, mais uma personagem e uma personalidade, podemos falar assim. Uma senhora de aproximadamente 90 anos, que afirma ter 99, ou até pode ser que realmente esteja as margens de completar o seu primeiro século de vida, essa senhora esta na enfermaria, e sempre que vamos lá, nossa primeira parada é na ala onde os vovôs e vovós ficam em tratamento de saúde, sempre sorridentes e alegres no aguardo das visitas, já que 80% dos habitantes não recebem visitas de parentes, mas voltando a senhora essa que nos chamou a atenção, muito lúcida, nos perguntou de onde vinhamos. Quando falamos que eramos de uma Tenda de Umbanda, ela se animou ainda mais, e nos disse que era trabalhadora das sagradas linhas da nossa Amada Umbanda, mas que por problemas de saúde, parou mas continua amando a religião. Conhecimento, histórias e sentimentos, vi em seus olhos, o brilho que há nos olhos dos apaixonados, e a paixão dela era a Umbanda. Pediu que marcássemos um dia para irmos realizar orações junto com os velhinhos que lá estão.
Creio que o que muito mais do que a oração, estávamos hoje praticando o evangelho na sua essência.
Quando saímos, encontramos com a senhora Terezinha, uma senhora que nos "adotou", fomos ao jardim e passamos um bom tempo, sentados e conversando com ela, mas também dando atenção merecida a todos os que ali estavam, veio um senhor nos mostrar um poema que ele havia escrito sobre a Asilo, que todos tratam com muito amor, e algumas outras senhoras, uma tarde muito agradável, com boas risadas e sinceridade nos sentimentos.
Outra coisa que também me deixou muito alegre, foi ver um outro grupo de jovens, esses, creio eu, da Igreja Católica, também estavam em visita, trazendo alegrias aqueles amigos.
Não importa a religião que se professa ou a idade que se tem, temos é que aprender a dar valor a quem nos da valor, e ao fazermos as visitas à lugares como o Asilo Padre Cacique, entendemos o real valor que nós temos, é o valor das nossas atitudes, e a troca que é realizada nesses momentos, não tem preço, mas sim, valor, muito valor.

Que Pai Oxalá ilumine a todos.

Rafael d'Ogum

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